Alerta de edição nova no ar 🚨
Sabe aquele meme do "ninguém solta a mão de ninguém"?
Pois é, aqui a gente segura é na ideia boa e no dado certo!
Na 52ª edição da Poder Azul, o que não falta é conexão: tem inovação no Amapá, créditos de carbono no Nordeste, IA na Shopify, ESG rendendo lucros e até uma incubadora futurista na Hungria. Bora abrir essa news que tá mais recheada que coffee de startup!
#Local
Conexões que Transformam: Aceleração no Amapá coloca Norte e Nordeste no centro da inovação
No dia 30 de abril, Macapá será palco do evento “Conexões que Transformam: Startups do Amapá em Movimento”, marcando o lançamento de um programa inédito de aceleração promovido pela Casa Azul Ventures e ACE Ventures , com apoio de Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá - FAPEAP , Tucuju Valley e Amapatec . A iniciativa chega para fortalecer o ecossistema de inovação na Amazônia Legal, em um cenário onde Norte e Nordeste já somam 16,1% das startups do país. O evento também integra a atuação conjunta das duas aceleradoras no Tecnova III, com foco em startups de impacto e soluções territoriais.
A programação inclui painéis, mentorias e um coffee especial assinado por startups locais, como Engenho café de açai , Instituto Cunani da Amazônia e Amazon Bioprotein . A proposta é clara: abrir espaço para a inovação que nasce fora dos grandes centros, conectando ideias, investimentos e redes de apoio. Com a expertise da ACE, que já investiu em mais de 160 startups no Brasil, e a atuação territorial da Casa Azul, o programa pretende virar a chave do desenvolvimento local — apostando no talento amapaense para transformar desafios regionais em soluções escaláveis.
#Regional
Cidades do Nordeste geram créditos de carbono e atraem investimentos com projeto de iluminação pública
As cidades de Aracaju (SE) e Feira de Santana (BA) acabam de conquistar a certificação da Verra, principal organização mundial de créditos de carbono, com projetos desenvolvidos em parceria com a Chicago Venture Summit Future-of-Climate-Tech by World Business Chicago . A substituição das luminárias tradicionais por LEDs gerou uma economia de até 67,2% no consumo de energia em Aracaju e previsão de 50% em Feira. Com isso, as cidades poderão negociar no mercado voluntário cerca de 9.200 toneladas de CO₂ evitadas por ano — o equivalente a cerca de 65 mil toneladas ao longo de sete anos.
Os créditos foram gerados a partir de uma metodologia reconhecida pela ONU e envolvem estimativas técnicas validadas por consulta pública. A iniciativa mostra como municípios de médio porte do Nordeste podem transformar políticas públicas em ativos financeiros sustentáveis. Além de reduzir custos com energia e manutenção, os projetos posicionam as cidades na vanguarda da pauta climática, criando uma nova fonte de receita e atraindo olhares do mercado de impacto.
A Future Climate agora se prepara para captar investimento externo e escalar a iniciativa. Fundada em 2021, a startup atua com soluções de ponta a ponta em finanças climáticas, energia renovável e conservação. Segundo a empresa, o sucesso das ações em Aracaju e Feira de Santana abre caminho para novos projetos em iluminação pública com potencial de replicação em outras regiões do país.
#IA
IA como expectativa básica: o alerta da Shopify para o futuro do trabalho
Na corrida pelo futuro dos negócios, a Shopify acaba de deixar claro: usar Inteligência Artificial não é mais diferencial — é pré-requisito. Em um memorando interno poderoso, a empresa posiciona a IA como um multiplicador de desempenho, uma ferramenta transversal a todas as áreas e, sobretudo, como uma habilidade essencial para quem deseja evoluir junto ao mercado.
O recado é direto: não dominar IA é estagnar. A Shopify gora avalia o uso da ferramenta em seus processos de avaliação de desempenho, incentiva a prototipação com IA desde a fase inicial dos projetos e espera que todos compartilhem aprendizados em tempo real. O ambiente ideal, segundo eles, é aquele onde a curva de aprendizado é coletiva, os erros são compartilhados, e o avanço é constante.
Esse tipo de posicionamento não é exclusivo de gigantes globais — ele ressoa aqui também, especialmente em um Brasil que enfrenta instabilidades econômicas e um mercado em transformação. Estar atualizado, testar ferramentas, experimentar novos fluxos com IA, tudo isso é parte do que faz o jornalista, o empreendedor e o profissional que não quer apenas sobreviver, mas transformar.
#Sustentabilidade
ESG vai bem, obrigado: entre pressão política, dados e lucros
Apesar do barulho político nos EUA, o ESG segue firme no radar dos fundos de investimento. A Europa, por exemplo, avança com regulações mais rígidas e padronizadas para sustentabilidade, enquanto nos EUA muitos gestores têm reformulado a linguagem, trocando “ESG” por expressões como “resiliência climática” ou “investimento responsável”. O movimento é estratégico: em um ambiente de crescente judicialização e polarização, quem investe precisa provar que os riscos ESG são financeiramente materiais. O número total de signatários do PRI (Princípios para Investimento Responsável) bateu 2.623 em 2024 — um recorde.
Dados atualizados revelam que fundos signatários do PRI não apresentam desempenho inferior aos demais. E mais: um estudo da EY-Parthenon aponta que fundos com notas ESG elevadas (AAA) chegam a alcançar retornos internos de 25,4% — mais de 7 pontos percentuais acima dos com notas medianas. Isso desconstrói o mito de que investir com propósito significa abrir mão de rentabilidade.
Ao mesmo tempo, o interesse em infraestrutura para transição energética segue aquecido — só em 2024, foram mais de US$ 50 bilhões captados globalmente por fundos especializados. Já os fundos de Impacto enfrentam o desafio de medir e comprovar resultados. A nova onda do setor? Fundos com liquidez parcial para atrair investidores individuais. Com menos apoio governamental e mais exigência por dados concretos, o futuro do investimento sustentável será cada vez mais pragmático — e, ao que tudo indica, também lucrativo.
#LatAm
RoundUp de Notícias
1. Fintechs ainda lideram os investimentos na América Latina Apesar de uma queda de 67% nos aportes em comparação ao último trimestre de 2024, startups latino-americanas captaram US$ 1,15 bilhão em 147 rodadas no primeiro trimestre de 2025. O Brasil liderou em valor médio por rodada (US$ 2,1 milhões). Fintechs continuam na dianteira, concentrando 52% do capital, seguidas pelos setores de energia e cleantech.
2. Brasil acelera em tecnologia bancária com R$ 47,8 bilhões em investimentos Os bancos brasileiros devem investir R$ 47,8 bilhões em tecnologia em 2025 — um crescimento de 13% em relação ao ano anterior e de 58% nos últimos cinco anos. As prioridades incluem inteligência artificial, big data, analytics e migração para a nuvem. Cerca de 80% das instituições já reportam ganhos de eficiência com o uso de GenAI.
3. TikTok investe no empreendedorismo digital na região andina Após experiências bem-sucedidas no México, o TikTok está expandindo seu programa de empreendedorismo para Peru e Colômbia. A iniciativa oferece mentoria, capacitação em marketing digital e até US$ 25 mil em capital semente. As inscrições vão até 1º de julho e têm como foco apoiar criadores que desejam transformar suas ideias em negócios.
4. Argentina busca estabilização com pacote multibilionário e reformas no câmbio O governo argentino eliminou o controle de capitais e lançou um novo regime cambial, apoiado por um pacote de US$ 44 bilhões do FMI, Banco Mundial, BID e China. A medida provocou uma valorização de 5% nos títulos da dívida e gerou otimismo nos mercados locais, embora os riscos inflacionários e a fragilidade das exportações agrícolas ainda preocupem.
#Mundo
Hungria lança incubadora para startups verdes e de IA com investimento inicial de €2,5 milhões
A Hungria acaba de inaugurar a Incubator Zero, a primeira incubadora do país voltada exclusivamente para startups que atuam com inteligência artificial, big data, clean tech e green tech. A iniciativa integra o programa nacional Startup Factory e conta com 2,2 milhões de euros em recursos públicos, além de capital próprio, somando um fundo superior a 2,5 milhões de euros para investir em pelo menos oito negócios inovadores nos próximos meses. Cada startup selecionada pode receber até 130 milhões de forints — o equivalente a aproximadamente 318 mil euros.
Mais do que recursos financeiros, a Incubator Zero oferece acesso a uma rede de mentoria, workshops, eventos de networking e conexões internacionais. A estratégia inclui ainda parcerias com três grandes universidades húngaras (Széchenyi István, Pécs e Szeged), reforçando a ponte entre academia e inovação. As inscrições para a rodada atual de incubação vão até 30 de abril, com foco em startups fundadas nos últimos cinco anos e com alto potencial de crescimento global.
#Oportunidades
Oportunidades de abril para quem atua (ou quer atuar) na Amazônia
A nova rodada de oportunidades voltadas para a região amazônica está recheada de iniciativas em diversas áreas — de comunicação e sustentabilidade à tecnologia, artes e políticas públicas. Abaixo, destacamos os principais editais e prazos:
Chamada de Negócios AMAZ 2025 – Investimento e apoio a negócios de impacto socioambiental na Amazônia. [Prazo: 25/04]
Edital IA Natureza & Clima (iCS + Google.org) – Apoio de até R$ 1,8 milhão para projetos de IA voltados à bioeconomia e agricultura regenerativa. [Prazo: 22/04]
Edital FALA 2025 (Pará) – Apoio a coletivos que produzem conteúdos sobre justiça climática e democracia. [Prazo: 22/04]
Prêmios de Jornalismo – Estão abertas chamadas da One Young World, Sindifisco-Pará, Dart Center e Conexão Oceano, com bolsas e viagens internacionais. [Diversos prazos em abril]
Cursos e bolsas – Curso gratuito sobre IA para jornalistas ( Knight Center for Journalism in the Americas ), mestrado na China (Tsinghua), workshop climático internacional (taz) e bolsas do IPCC para pesquisadores. [Prazos variáveis]
Eventos e pesquisas – Seminário sobre pesca sustentável (Belém), restauração socioambiental (UFPA), e pesquisa da Cojovem com juventudes amazônidas. [Abril e maio]
Além dessas, o CNPq lançou uma chamada pública com R$ 33,5 milhões para projetos em inovação e sustentabilidade na Amazônia. [Prazo: 10/06]
Se você atua com cultura, ciência, ativismo ou desenvolvimento regional, vale explorar os links disponíveis e se inscrever a tempo. A Amazônia pulsa — e estas oportunidades também.